Era pouco antes das 7h desta sexta-feira, quando Ubigail Dornelles Umpierre, 79 anos, pegou o carro, um Celta prata, e deixou a casa em que mora em Itaara em direção a Santa Maria. Ele tinha um exame de sangue marcado em um laboratório.
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Ao chegar na altura do Km 317, o aposentado deparou com a pista em que trafegava interrompida e com o fluxo desviado com cones. É que, na madrugada, a encosta cedeu abrindo uma fissura de cerca de 60 metros de comprimento e em torno de um metro e meio de largura na pista no sentido Itaara-Santa Maria.Prefeitura decreta situação de emergência em Santa Maria
Em um momento de descuido do motorista, a parte da frente do carro acabou caindo na rachadura. Ele não se feriu. O veículo foi removido por um guincho às 8h30min.Em entrevista ao "Diário", ele conta como foi o acidente:
Diário - Como o senhor caiu no buraco?
Umpierre - Eu vinha descendo e vi a faixa interrompida. Mas com o vento forte e a chuva, o um cone virou e rolou para o meio da pista (a segunda pista de quem sobe a serra e que é usada como desvio para quem desce) e outro cone ficou virado. Pensei, vou ajeitar os cones. E fui estacionar ao lado da valeta. Estava olhando no retrovisor e meio que me descuidei. Mas estava praticamente parado e a roda da frente escapou (para dentro do buraco).
Diário - O senhor se machucou ou se assustou?
Umpierre - Não houve nada. A prova que não esfolou o carro nas laterias, só na frente um pouquinho. Não me assustei absolutamente nada.
Diário - O que o senhor fez em seguida?
Umpierre - Quando caiu a roda e o carro inclinou, puxei o freio de mão. Aí, empurrei a porta e saí, normalmente, só estava ladeado. Um casal de Santa Maria estava passando me ofereceu carona até o posto da Polícia Rodoviária. Os policiais voltaram comigo até o carro. Fiquei lá até chegar a filha e o genro. Depois, voltei para Itaara.